terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O Poeta E O Pêndulo




O compositor está morto.
A lâmina caiu sobre ele.
Levando-o para a terra branca.

O sonhador e o vinho.
Poeta sem rima.
Um escritor viúvo, atravessado por correntes do Inferno.

Um último verso perfeito.
Ainda assim a mesma velha música.
Oh Cristo, como eu odeio o que me tornei.

Leve-me para casa.

Saindo correndo e voando para longe.
Conduza-me para longe, para o esconderijo do sonhador.
Eu não posso chorar pois os ombros choram mais,
Eu não posso morrer, eu, uma morimbundo para o mundo frio.
Perdoe-me,
Pois eu tenho duas faces,
Uma para o mundo,
E outra para Deus, salve-me.

Minha casa era lá e finalmente, esses prados do paraíso.
Dias cheios de aventura.
Cada um com rostos sorridentes.

Por favor, sem mais palavras.
Pensamentos de uma mente abatida.
Sem mais louvores,
Diga-me assim que meu coração estiver bem.

Brilha meu cenário.
Com uma cachoeira Turquesa.
Com a beleza abaixo.
Sempre livre.

Guarde-me abaixo da tristeza.
Abaixo da Dor,
Abaixo da chuva.
Beijo de boa-noite para uma criança no tempo.
Lâmina oscilante, minha canção de ninar.

Na costa sentamos e esperamos
Debaixo da mesma lua pálida.
Cuja luz guiadora te escolheu,
Escolheu a vocês todos.

Você vive o suficiente para ouvir o som das armas,
O suficiente para se achar gritando todas as noites.
Vive o suficiente para ver seus amigos o traírem.

Por anos eu estive amarrado nesse altar.
Agora eu só tenho 3 minutos, e contando.
Eu apenas gostaria que a maré me atingisse primeiro.
E me desse uma morte como sempre desejei.

Segundo ladrão à direita de Cristo
Cortado ao meio - infanticídio.
O mundo irá regozijar hoje.
Enquanto os corvos se banqueteiam do poeta apodrecido.

Todos deveriam enterrar aos seus.
Não há lugar para enterrar um coração de pedra.
Agora ele está em casa no Inferno, isso serve para ele.
Assassinado pelos sinos, tocando um adeus eternamente.

A manhã alvoreceu sobre seu altar.
Resquícios de corações impetuosos.
Apresentada por seus amigos, desavergonhadamente.
Cuspindo em sua sepultura, enquanto vinham.

*A Voz Dos Ecos Perdidos*

Acalme-se meu filho,
Você está em casa.
Oh quando você se tornou tão frio?
A lâmina continuará a descer
Tudo o que você precisa é sentir meu amor.

Procure pela beleza, ache sua costa,
Tente salvar a eles, não sangre mais,
Você tem tais oceanos dentro de ti.
No fim, eu sempre te amarei.

Diego Santana

domingo, 4 de janeiro de 2009

Vazio Ifinito


Não viva mais no passado,
Sempre imóvel por suas deficiências. Não repita o que deu errado.
Encare sua negligência.
Não engane a si mesmo.
Não viva de aparência.
Outrora eramos ricos por dentro.
Até tentarmos alcançar o inalcançável. Cometemos sempre os mesmos erros. Cegos por nossa ambição insaciável.
Nossas boas intensões foram sempre adiadas.
O que mais importa é nossas contas serem pagas.
Nossos pensamentos criam a realidade.
Destorcendo o que é real.
Desta forma seremos sempre escravos
De nosso mundo artificial.
Não deveríamos tentar controlar a vida.
Ser o melhor em tudo, correr pela perfeição.
O que realmente importa são nossas atitudes.
A virtude do coração.
Como podemos deixar isso acontecer
E apenas manter nossos olhos fechados?
Abra seus olhos enquanto ainda há tempo.
Só você pode mudar o seu caminho.
Seja intuitivo, estja atento.
Não se entregue ao vazio infinito.
Diego Santana